Por Pe. Gottardo,SJ
Foram mais de 1500km percorridos (ida e volta) até os rincões do Oeste catarinense para participarmos do segundo encontro dos padres Jesuítas que atuam nas paróquias confiadas à Companhia de Jesus. O Divino artista foi particularmente pródigo e generoso com aquela região do Brasil marcada pela beleza, pela vitalidade/prosperidade econômica e pela bravura e um povo empreendedor. Viajamos na segunda-feira (14) e retornamos na quinta-feira (17), cansados, contentes e sãos.
Fato relevante do encontro foi a presença do Pe. Provincial da BRA, Pe. João Renato Eidt e do recém-nomeado, Pe. Laercio Lima, para representar as paróquias, igrejas e santuários da Companhia, junto ao “governo” da Província. É importante lembrar que o “secretariado” das paróquias é fruto do pleito da primeira reunião que realizamos no ano passado em Cascavel-PR. Sem dúvidas, uma conquista considerável para os nossos intentos. Afinal, segundo as estatísticas, são mais de 100 jesuítas implicados nessa frente de trabalho, aqui, no Brasil.
Que fizemos nos dois dias em Sede Capela, em Itapiranga? Foram dias intensos. O eixo da oração inicial foi a maravilhosa meditação do saudoso Pe. Arrupe “Invocação a Jesus Cristo modelo”, seguida de partilha sobre “conquistas, desafios e propostas futuras”. Ouvimos atentamente as falas do Provincial e do Coordenador nacional das Paróquias. Foi-nos oferecido o texto “Discernimento e novas configurações eclesiais” para refletir e, juntos, partilharmos aspectos mordentes, críticos e fecundos da realidade sócio-cultural na qual estamos situados e espargimos as sementes do evangelho. No dia seguinte, fundamentalmente, nos debruçamos sobre o ainda embrionário “Planejamento Apostólico da Província: encaminhamentos”.
Não obstante os enormes desafios que a ação evangelizadora implica (cultura do descartável), da escassez de vocações e do sentido declínio das forças, nota-se incrível vigor pastoral dos companheiros SJ que estão imersos na missão. É o Espírito que nos impele à fazer germinar o Reino. É verdade que em algumas atividades pastorais que desenvolvemos, às vezes, têm-se a sensação de ser João Batista pregando no deserto (“vox clamantis in deserto”), mas evangelizar é preciso. Que venham os frutos!