Por Pe. Gottardo,SJ
Um casal, amigo de Deus e servidor da Igreja, que não deseja que seus nomes sejam publicados, pediu ao senhor João Cadorin para que restaurasse um Presépio. Ele aceitou a empreitada de bom grado e com alegria. Trata-se de um Presépio bem diferente (todo de madeira) daqueles que conhecemos e que ornamentam as igrejas, capelas, praças, etc. no contexto do Natal.
A restauração foi concluída e o referido casal o doará o Presépio à Paróquia São Virgílio. Uma joia! Tanto a experiência da doação como o trabalho artístico do restaurador, de alguma forma, já antecipa o espírito que deve caracterizar a festa do Nascimento do Filho de Deus. São atitudes louváveis que fazem a glória de Deus brilhar através da doação, da generosidade e do prazer em oferecer os dons/talentos para a edificação da comunidade. Que belo trabalho! Parabéns!
O teólogo, Marco Pedron, lembra que em certa ocasião, Madre Teresa de Calcutá, ternamente cuidava das purulentas feridas de um leproso. Ela desenvolvia o trabalho sorrindo e conversando com o doente, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Em determinado momento, o homem perguntou à Madre: “A senhora crê em Deus?”. “Sim”, respondeu ela, “Ele é a força para eu fazer isso”. Após alguns segundos de silêncio, a Madre perguntou ao doente: “E você acredita em Deus?”. “Sim, agora eu acredito em Deus”.
Natal é Deus que se encarna na história. É Deus que nos surpreende. A encarnação do Verbo, portanto, exprime a verdade de que Deus está oculto/escondido, está encarnado nas pessoas e nas situações, nos fatos e na história que, às vezes, sentimos repugnância. Deus não se vê, reconhece-se. Deus seja louvado.