Filipos era cidade célebre da Macedônia, nos limites com a Trácia, que tomou o nome de Filipe II, pai de Alexandre Magno. A composição étnica da comunidade cristã era prevalentemente ex-pagã, enquanto os provenientes do judaísmo eram minoria. O cristianismo fora levado aos filipenses pelo próprio são Paulo: era a primeira comunidade por ele fundada em solo europeu, e talvez também por isso a comunidade dos filipenses esteve sempre mais perto do seu coração, como mostram as várias expressões da carta que são Paulo lhes escreveu da prisão romana, ou com maior probabilidade de uma prisão de Éfeso.
Policarpo, citando são Paulo, estava certo de tocar o coração daqueles cristãos, como já havia feito nomeando outro campeão que foi santo Inácio de Antioquia. Este tinha se apresentado aos filipenses acorrentado durante a sua marcha de transferência para Roma, onde, segundo o seu desejo, tornar-se-ia o trigo de Cristo, triturado pelos dentes das feras.
Pois é precisamente nesta excepcional companhia de santo Inácio e de são Paulo que são colocados os santos Rufo e Zózimo. Destes o Martirológio Romano refere, com juízo que depende do historiador santo Ádon, que eles estiveram entre os discípulos que fundaram a primitiva Igreja entre os judeus e os gregos. Mas a notícia não parece bastante confirmada. Num elenco de discípulos do Senhor festejados na Igreja bizantina encontra-se um Rufo que talvez se identifique com a personagem homônima citada pelo evangelho de são Marcos (15,21 ) e pela carta aos romanos (16,13), mas talvez não se trate do santo de hoje. De qualquer modo não se menciona Zózimo.
Também o seu próprio martírio não é suficientemente atestado. Todavia, também estas duas personagens, das quais pouco sabemos, e que deram testemunho de Cristo, são para nós modelo e estímulo, e isso é o que importa.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.